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Publicação das WCAG 2.2 e seu impacto na acessibilidade web

Em 5 de outubro de 2023, um marco significativo foi alcançado no campo da acessibilidade web com a publicação da tão esperada recomendação das Web Content Accessibility Guidelines (WCAG).

Este conjunto de diretrizes têm sido, há muito tempo, o guia global para garantir a acessibilidade online, e sua última atualização promete elevar ainda mais os padrões na criação de conteúdo digital inclusivo.

As WCAG 2.2 visam expandir a acessibilidade para usuários com deficiência cognitiva ou de aprendizagem, melhorar a experiência daqueles com baixa visão e otimizar a navegação em dispositivos móveis.

A última versão incorpora nove novos critérios, enquanto se despede do critério 4.1.1: Parsing de nível A. Esta mudança é aplicada porque os produtos de assistência já não dependem da análise direta do código HTML, eliminando assim os problemas que originalmente motivaram a criação deste critério.

É hora de implementar as WCAG 2.2?

Esta é a pergunta do dia, a obrigação legal aguarda a revisão da EN 301 549, que se aplica à União Europeia e Espanha, e está atualmente em processo.

Mas, para esclarecer qualquer tipo de dúvida, o W3C indicou que cumprir com os requisitos da nova WCAG 2.2 te coloca em uma situação de cumprimento total em relação à anterior WCAG 2.1.

Considerando tudo isso, a recomendação é se familiarizar e começar a integrar os novos critérios. Para isso, preparamos este artigo, um texto que explora as implicações da atualização, fornecendo insights sobre sua aplicação prática.

Então, tome nota e mergulhe nas chaves desta atualização, descubra como afetará as políticas de acessibilidade e mantenha-se sempre informado sobre o futuro das diretrizes de acessibilidade web.

Novos critérios de sucesso atualizados na WCAG 2.2

Como mencionamos, a nova atualização envolve 9 pontos a considerar, que foram abertos para revisão, comentários e mudanças; para finalmente serem aprovados como parte da Recomendação Final. A lista dos novos critérios de sucesso são:

2.4.11 Foco Não Obscurecido (Mínimo) (Nível AA)

O objetivo deste critério é garantir que o elemento que adquire o foco do teclado esteja sempre parcialmente visível na janela de visualização do usuário.

Para usuários com visão que navegam através do teclado e para aqueles que dependem de dispositivos que operam por meio da interface do teclado, como interruptores ou entrada de voz, conhecer a localização do foco atual é fundamental.

Dessa forma, atua como um indicador chave do ponto de interação na página. Se os usuários não conseguirem visualizar o elemento focado, poderão enfrentar dificuldades para entender como proceder ou mesmo interpretar que o sistema não está respondendo.

2.4.12 Foco Não Obscurecido (Aprimorado) (Nível AA)

Este critério compartilha semelhanças com o anterior, mas adota uma abordagem mais rigorosa. Neste caso, ao receber o foco do teclado, nenhum conteúdo pode ocultar partes do indicador de foco do componente na interface do usuário.

Em outras palavras, a distinção reside na exigência de que a totalidade do componente focado seja visível, sem nenhuma parte obstruída.

2.4.13 Aparência de Foco (Nível AAA)

Inicialmente, este critério foi concebido como um critério de nível AA, mas devido à sua complexidade, foi decidido deixá-lo como nível AAA, atuando em sinergia com os critérios 2.4.7 e 1.4.11.

O critério 2.4.7 “Foco Visível” estabelece a exigência de que o foco do teclado seja perceptível. O objetivo deste novo critério é complementar essa norma, garantindo que o foco do teclado não só seja visível, mas também claramente discernível.

Além disso, o critério 1.4.11 “Contraste Não Textual AA,” exige que o foco do teclado tenha pelo menos um contraste de 3:1, e que o componente de interação mantenha um contraste adequado com o fundo tanto em seu estado padrão como em seu estado focado.

Portanto, o novo critério 2.4.13 é apresentado de forma simplificada, definindo claramente que, quando o indicador do foco do teclado é visível, deve cumprir com os seguintes requisitos:

  1. Ter pelo menos o mesmo tamanho que a área de um perímetro de 2 pixels de espessura do componente ou subcomponente sem o foco.
  2. Manter uma razão de contraste de pelo menos 3:1 entre os pixels no estado com o foco e sem o foco.

2.5.7 Movimentos de Arrasto (Nível AA)

Sabemos que aplicar a ação de arrastar e soltar exige um movimento bastante preciso, que consiste em manter o dedo no botão sobre a tela sem soltá-lo.

Essa ação pode ser bastante difícil para pessoas com alguma deficiência motora, por isso, este critério busca que a ação de arrastar e soltar possa ser realizada de uma forma diferente da que já conhecemos.

2.5.8 Tamanho do Alvo (Mínimo) (Nível AA)

Esta diretriz propõe uma distância mínima entre os elementos de interação para que as pessoas que não têm movimentos finos nas mãos possam ativar botões pequenos de uma maneira mais fácil e sem risco de se enganarem.

3.2.6 Ajuda Consistente (Nível A)

Com a finalidade de que os usuários possam encontrar facilmente a ajuda que necessitam, este critério estabelece que as funções de ajuda que se encontram em várias páginas do site apareçam no mesmo lugar.

Isso, com o objetivo de poder ajudar pessoas com deficiência cognitiva, que muitas vezes precisam seguir um padrão para completar suas tarefas.

3.3.7 Entrada Redundante (A)

A finalidade deste critério é garantir que os usuários possam realizar com sucesso processos de múltiplos passos. Orienta-se a diminuir a carga cognitiva ao solicitar informações em mais de uma ocasião durante um processo, reduzindo assim a necessidade de lembrar dados fornecidos em etapas anteriores.

A informação que é crucial lembrar pode representar um obstáculo significativo para usuários que enfrentam dificuldades cognitivas ou de memória. Este critério busca aliviar essa carga, tornando os processos mais acessíveis e menos exigentes para este grupo de usuários.

3.3.8 Autenticação Acessível (Mínimo) (Nível AA)

Este critério tem como objetivo tornar a autenticação mais acessível, eliminando a necessidade de realizar testes de função cognitiva (como lembrar senhas ou resolver enigmas) a cada etapa do processo de autenticação.

A menos que a etapa em questão cumpra com o seguinte:

3.3.9 Autenticação Acessível (Aprimorada) (AAA)

Este critério, apesar de ser semelhante ao anterior, adota uma postura mais rigorosa. Aqui, permite-se apenas como alternativa ao teste de função cognitiva a presença de outro método de autenticação alternativo ou um mecanismo de ajuda.

Não se aceita a opção de que o teste se baseie no reconhecimento de objetos ou na identificação de conteúdo não textual por parte do usuário.

inSuit leva em conta a nova WCAG 2.2 de olho em suas atualizações em sua plataforma de acessibilidade e serviços 360

Dessa forma, as WCAG 2.2 buscam cobrir, cada vez mais, as necessidades que possam apresentar as pessoas com deficiência, oferecendo-lhes uma solução de acessibilidade web que lhes permita navegar de maneira livre e autônoma pela rede.

Na inSuit, continuamos com o nosso compromisso de realizar constantes atualizações em nossos produtos e serviços com base nas novidades que surgem nas Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG).

Nossa equipe de especialistas em acessibilidade digital já está trabalhando ao máximo para garantir que nossas soluções estejam alinhadas com a nova WCAG 2.2. Estamos sempre buscando oferecer um serviço de acessibilidade web que se adapte às normas nacionais e internacionais, tentando sempre estar um passo à frente.

Assim, se você está procurando uma solução para que sua página seja acessível de maneira que esteja alinhada com os requisitos especificados na nova WCAG 2.2, entre em contato conosco sem compromisso.